segunda-feira, 14 de abril de 2014

Perturbações na gestação: Náuseas e Vômitos ~ por Aline Ribeiro

"Olá pessoal!!! Estou por aqui novamente e vou falar nessas próximas postagens sobre algumas perturbações comuns durante a gestação (náuseas e vômitos, azia, constipação intestinal, flatulência (gases), hemorróidas e desejos alimentares excêntricos) que podem ser aliviados, ou mesmo evitados, a partir de modificações simples na dieta, ok?

Hoje, vou falar especificamente sobre náuseas e vômitos... Quem nunca sentiu que atire a primeira pedra né? Hehehe

Mas a náusea matinal é comum durante os primeiros meses da gravidez e desaparece tão espontaneamente como surgiu, como uma gripe que chega e vai embora, parece que nunca vai terminar, mas acaba mulherada.

Entretanto, quando o início da gravidez se caracteriza por vômitos excessivos, pode resultar em deficiência proteína-calórica aguda e perda de minerais, vitaminas e eletrólitos. Então nesses casos, é importante a restrição de líquidos 1 ou 2 horas antes e após as refeições. Se a gordura do leite não for bem tolerada pode ser usado leite desnatado. Pequenas refeições frequentes, compostos de alimentos como: cereais, torradas com geleias, biscoito de água e sal, batatas cozidas, servidos em intervalos de duas horas são normalmente bem toleradas no início.

Mas vamos para umas regrinhas gerais que auxiliam bastante e sou testemunha disso porque me ajudou bastante durante a gravidez, pois sofria desse mal...
  • ·        Antes de ir pra cama, faça um pequeno lanchinho. Ex: bolacha água e sal com queijo magro e um copo de suco, ou cereais com leite.
  • ·         Deixe bolacha água e sal, torradas ou cereais secos na mesa de cabeceira, para comer pela manhã, antes de você se levantar da cama ou peça para o maridão antes de se sair para o trabalho levar um desjejum na cama pra você, hehehe.
  • ·         Levante leeeeeennnntamente da cama.
  • ·         Limonada, limão ou sorvete de limão pode ajudar a controlar a náusea... eu fiz um estoque de picolés de limão no meu congelador, hehe.
  • ·         Experimente alimentos gelados, como sorvetes, frutas em conserva, pudim, manjar, Milk shake, gelatina.
  • ·         Experimente, também, alimentos salgados, como chips e bolacha água e sal.
  • ·         Coma carboidratos de fácil digestão, como cereais instantâneos, biscoitos simples, purê de batata, arroz, macarrão sem molho, frutas e hortaliças.
  • ·         Evite misturar alimentos quentes e frios na mesma refeição.
  • ·         Evite ficar com o estômago vazio. Faça refeições pequenas e frequentes (5/6 por dia) a cada 2 a 3 horas.
  • ·         Faça lanches ricos em proteínas como queijos e carnes.
  • ·         Quando você se sentir nauseada, tome um pouco de água mineral ou refrigerante de limão.
  • ·         Tome líquidos entre as refeições, ao invés de junto com as refeições.
  • ·         Coma lentamente e mastigue bem os alimentos.
  • ·         Evite alimentos com odores e sabores fortes.
  • ·         Evite alimentos gordurosos e muitos condimentados.
  • ·         Coma alimentos à temperatura ambiente. Alimentos quentes tendem a ter odor mais forte, que pode desencadear a náusea.


Então gestantes de plantão, é isso aí, espero que essas dicas ajudem vocês, qualquer pergunta estou por aqui e em breve voltarei para falar sobre os outros tipos de perturbações que citei logo acima. Beijinhosssss, "

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Os benefícios do Sling ~ por Nitiananda Fuganti

Fonte da imagem

"Você conhece os benefícios do sling?

Para o bebê:
* Alívio das tensões pela proximidade e movimento, o que faz o bebê relaxar e chorar menos;
* Organização do ciclo do sono pelo ritmo, ajudando o bebê a dormir melhor;
* Maior segurança e confiança e desenvolvimento da autonomia através do contato contínuo;
* Diminuição das cólicas e refluxos e melhor digestão pela massagem e calor contínuos;
* Desenvolvimento do equilíbrio e motricidade pela verticalização, o que favorece o sistema vestibular (conjunto de órgãos do ouvido interno responsáveis pela manutenção do equilíbrio);
* Prevenção contra deformações no crânio e displasia do quadril;
* Regulação térmica pelo contato;
* Desenvolvimento da percepção;
* Iniciação à rotina familiar.
Para a mãe:
* Liberdade de movimentos sem perder a proximidade com o bebê;
* Estimulação contínua para produção de hormônios como a ocitocina¹ e a prolactina¹ pelo contato direto com o bebê.
¹ determinantes para o desenvolvimento do vínculo e para a amamentação
Segundo o pesquisador norte americano James W. Prescott “…A prática da puericultura mais importante a ser adotada para o desenvolvimento de crianças emocional e socialmente sadias seria a de carregar o bebê sobre o corpo de sua mãe ou de um substituto maternal durante todo o dia….Eis aí a melhor “vacina comportamental” contra a depressão, a alienação social, a violência, o abuso de álcool ou de drogas mais tarde na vida. ( The origins of human love and violence, Pré and perinatal psicology journal, vol. 10, nr.3, Printemps 1996, p. 143-188)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Câmara analisa projeto que obriga serviço de saúde a permitir doula no parto

Parturientes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) podem passar a ter direito à presença de uma doula durante o parto e no pós-parto imediato, conforme prevê o Projeto de Lei 5304/13, dos deputados Vanderlei Siraque (PT-SP) e Janete Rocha Pietá (PT-SP). A regra valerá também para os planos de saúde. A Lei Orgânica da Saúde (8.080/90) assegura às parturientes apenas a presença de um acompanhante.
De acordo com os autores, estudos internacionais mostram que o acompanhamento dos partos por doulas apresenta resultados positivos, com a diminuição das taxas de cesárea, trabalho de parto mais curto, menos uso de medicação e de fórceps. Afirmam ainda que ocasiona amamentação mais prolongada e menor incidência de depressão pós-parto.
Resultados
Siraque e Janete Pietá citam especificamente um estudo de Klaus e Kennell, de 1993, que apresenta os seguintes resultados da presença da assistente de parto:
- redução de 50% nos índices de cesáreas;
- de 25% na duração do trabalho de parto;
- de 60% dos pedidos de analgesia peridural; e
- de 40% no uso de fórceps.
Os autores argumentam ainda que a figura da doula – palavra grega que significaria “mulher que serve” – surgiu na década de 1980 com o objetivo de amenizar o excesso de “medicalização” e resgatar a rede de apoio entre mulheres durante o parto.

Ramitação
O projeto está apensado ao PL 6567/13, do Senado, que obriga o SUS a obedecer às diretrizes e orientações técnicas e oferecer as condições que possibilitem a ocorrência do parto humanizado em suas dependências. As duas propostas serão analisadas, em caráter conclusivo, pelas comissões de Seguridade Social e Família; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Porque é que os bebés africanos não choram?



 "Eu nasci e cresci no Quênia e na Cote d'Ivoire. A partir dos quinze anos fui viver no Reino Unido. No entanto, eu sempre soube que eu queria criar os meus filhos (quando os tivesse) em casa, no Quênia. E sim, eu achava que iria tê-los. Eu sou uma mulher moderna Africana, com dois graus universitários, e uma mulher de quarta geração de trabalho, mas quando se trata de crianças, sou tipicamente Africana. A ideia é que não estamos completas sem elas, as crianças são uma bênção que seria uma loucura evitá-las. Na verdade é que esta questão nem sequer surgiu.

Eu comecei a minha gravidez no Reino Unido. O desejo de regressar a casa era tão forte que eu vendi a minha prática, abri um novo negócio e mudei de casa e de país nos primeiros cinco meses após descobrir que estava grávida. Eu fiz o que muitas mães grávidas no Reino Unido fazem, ler vorazmente:Our Babies, Ourselves, Unconditional Parenting
, tudo da Sears, a lista continua. (Minha avó comentou mais tarde que os bebés não lêem livros e realmente tudo que eu precisava fazer era "ler" o meu bebé). Tudo o que li, disse que os bebés africanos choram menos do que os bebés europeus. Fiquei intrigada com isso.
Quando cheguei em casa pude observar. Olhei para mães e bebés e eles estavam por toda parte, embora muito jovens os africanos, com menos de seis semanas, estavam em casa. A primeira coisa que notei é que apesar de sua omnipresença, é realmente muito difícil "ver" um bebé queniano. Normalmente são incrivelmente bem embrulhados, antes de serem transportados, ou amarrados pela sua mãe (às vezes pelo pai). Mesmo os bebés mais velhos são amarrados a toda a volta e são protegidos do meio ambiente por um grande cobertor. Seria a sorte alguém conseguir ver algo, fosse um olho ou o nariz.O embrulho é uma réplica semelhante ao útero. Os bebés ficam literalmente num casulo face às tensões do mundo exterior em que eles estão a entrar.
A minha segunda observação foi uma questão cultural. No Reino Unido, entende-se que os bebés choram. No Quénia, era completamente o oposto. O entendimento é que os bebés não choram. Se o fizerem, algo está terrivelmente errado e deve ser feito para corrigi-lo imediatamente. A minha cunhada inglesa resumiu bem. "As pessoas aqui", disse ela, "realmente não gostam que os bebés chorem, não é?"
Tudo fazia muito mais sentido quando eu finalmente cheguei e a minha avó veio da aldeia para me visitar.Quando isso aconteceu, minha filha teve um grande bocado a chorar. Desesperada e cansada, eu esqueci-me de tudo que eu já tinha lido e, por momentos, juntei-me ao choro. No entanto, para minha avó era simples, "Nyonyo (amamenta a tua filha)!" Foi a sua resposta.



Houve momentos em que era uma fralda molhada, ou porque eu a tinha colocado para baixo, ou porque ela precisava de arrotar, mas, principalmente, ela só queria estar no peito, não importa se estava a ser alimentada ou apenas a ser um conforto do momento. Eu usufruía mais da sua companhia e praticava co-sleeping (partilha de cama) com ela, eu estava a fazer uma extensão natural para o que era correto.De repente eu aprendi o segredo, não tão difícil, do silêncio alegre de bebés africanos. Foi uma simbiose simples, vi que exigia uma mudança total de ideias sobre o que deveria acontecer e um abraçar do que realmente estava acontecer naquele momento. O resultado foi que o meu bebé começou a ser alimentado muito muito mais do que eu já tinha lido, pelo menos  mais cinco vezes do que alguns dos horários mais rigorosos de alimentação que eu tinha visto.À cerca de quatro meses, quando algumas mães da zona urbana começar a introduzir sólidos, segundo diretrizes que lhes haviam recomendado, a minha filha voltou ao estilo de amamentação de um recém-nascido, ou seja de hora a hora e foi um choque total.Lentamente, nos últimos quatro meses, o tempo entre as mamadas começou a aumentar. (...)
A maioria das mães do grupo da minha mãe e do meu bebé tinham começado a introduzir o arroz ao bebé (para esticar os alimentos) e todos os profissionais envolvidos na vida das nossas crianças, pediatras, mesmo doulas, disseram que esta atitude foi correta. As mães também precisavam de descanso e que tínhamos feito algo surpreendente ao chegarmos aos quatro meses de amamentação em exclusivo, e eles garantiram-nos que para os nossos bebés seria ótimo. Houve uma coisa que não me pareceu muito verdadeira, quando eu tentei, sem grande entusiasmo, misturar um pouco de mamão (o alimento tradicional para o desmame no Quénia) com leite materno que retirei e ofereci-o à minha filha, ela rejeitou-o.
Então eu liguei para minha avó. Ela riu-se e perguntou se eu andava novamente a ler os livros. Ela explicou-me cuidadosamente que na amamentação nada é linear. "Ela vai dizer-te quando estará pronta para o alimento - e seu corpo também."
"O que vou fazer até lá?" Eu estava ansiosa para saber.



"Tu fazes o que fizeste antes, amamentas regularmente." Então, a minha vida abrandou para o que parecia ser um impasse novamente. Enquanto muitos de meus contemporâneos, maravilhados com a forma como seus filhos começaram a dormir mais, depois de terem introduzido o arroz e mesmo de se aventurarem em outros alimentos, eu estava a acordar de hora em hora ou a cada duas horas com minha filha e digo aos meus pacientes que o retorno ao trabalho não fora bem como eu havia planeado.
Logo descobri que, sem querer, eu estava a transformar-me num serviço de apoio informal para outras mães da zona urbana. O meu número de telefone estava a faz as rondas e muitas vezes enquanto eu alimentava a minha bebé eu começava a ouvir-me a pronunciar as palavras: "Sim, basta manter a alimentação dele/dela. Sim, mesmo que você tenha acabado de os alimentar. Sim, você pode até não conseguir tirar o seu pijama hoje. Sim, você ainda precisa de comer e beber como um cavalo. Não, agora não pode ser a hora de considerar o retorno ao trabalho, você não se pode dar a esse luxo." E, finalmente, eu assegurei mães, "Vai ficar mais fácil." Eu tive que confiar apenas neste último conselho, pois não estava a ser mais fácil para mim.
Uma semana antes da minha filha fazer cinco meses, viajei ao Reino Unido para um casamento e para ela conhecer a família e amigos. Como eu tinha poucos compromissos, facilmente mantive a rotina da sua amamentação. Apesar dos olhares desconcertados de muitos estranho em vários locais públicos (a maioria das salas de amamentação foram designadas em casas de banho que eu simplesmente não conseguia usar) por eu amamentar a minha filha, nós continuamos.
Num casamento, as pessoas que estavam na mesma mesa que nós, comentaram: "É um bebé muito fácil embora não se alimente muito bem", uma outra senhora respondeu: "Embora eu tenha lido em algum lugar que os bebés africanos não choram muito." Eu não pude deixar de rir.
 Sabedoria suave da minha avó:

1. Ofereça o peito a cada momento que a sua bebé estiver chateada - mesmo que tenha acabado de lhe dar mama.
 
2. Co-sleeping. Muitas vezes podes amamentar o teu bebé antes de estar completamente acordada, o que lhes permitirá voltar a dormir mais facilmente e descansar mais.
3. Leva sempre uma garrafa de água quente para a cama contigo à noite para mantê-lo hidratado e o leite fluir.
4. Amamenta a pedido do bebé (especialmente durante os picos de crescimento) e tenta obter o máximo de ajuda de quem estiver perto de ti. Poucas são as coisas que não podem esperar.
Lê o teu bebé e não os livros. A amamentação não é linear, ele vai para cima e para baixo e também em círculos. Tu és o especialista das necessidades do teu bebé.»
Tradução não confirmada


segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Indicações Reais de Cesariana ~ por Ivnakelly Pinna



  • "A primeira indicação real é: Prolapso de cordão – com dilatação não completa
É um evento raro, que acontece em cerca de 1 entre cada 1000 partos. Acontece quando o cordão umbilical precede o bebê no passagem pelo canal de parto. O prolapso torna-se evidente quando as membranas se rompem e o cordão umbilical sai pela vagina antes do bebê emergir. Pode ocorrer em partos pélvicos (quando o bebê está de bumbum) ou quando a apresentação é cefálica, sobretudo se houver uma ruptura prematura das membranas, ou se o feto não estiver descido para a pélvis. Se o feto não tiver descido, o fluxo de líquido provocado pela rotura das membranas desloca primeiro o cordão e depois o feto. Quando ocorre um prolapso de cordão é necessário fazer a cesariana para evitar que o feto seja lesado por causa da falta de sangue e oxigenação. Até que a intervenção cirúrgica aconteça o médico ou enfermeira mantêm o bebê afastado do cordão umbilical para que não se interrompa o fluxo sanguíneo no cordão prolapsado.
No prolapso oculto, as membranas estão intactas e o cordão se encontra na frente do feto. Geralmente o prolapso oculto é identificado por causa do padrão anormal da frequência cardíaca fetal. O problema pode ser resolvido mudando a posição da mãe. Caso o problema persista pode ser necessário uma cesariana.
  • A segunda indicação é: Deslocamento prematuro da placenta com feto vivo – fora do período expulsivo 
Vital para o feto, a placenta se forma como um órgão especial para a ele servir. Serve como pulmão, trato intestinal e rins para o feto, funcionando como um órgão para troca de nutrientes entre mãe e feto, também como órgão endócrino produzindo hormônios para manutenção da gravidez.
O deslocamento prematuro da placenta (DPP) é caracterizado pelo deslocamento espontâneo parcial ou total da placenta durante a gestação a partir de 20 semanas ou no primeiro e segundo períodos do parto.
As principais causas são descolamentos traumáticos (exemplos: queda ou traumatismo sobre o abdome, versão por manobra externa e cordão muito curto) e os descolamentos espontâneos (exemplos: síndromes vasculorrenais e intercorrência inopinada).
A mulher relata, na maioria das vezes, dor abdominal intensa acompanhada de sangramentos com coágulos e diminuição dos batimentos fetais ou interrupção do mesmo. Os sintomas dependem diretamente da extensão da área descolada da placenta podendo ser mais ou menos intensa.
As condutas para os casos de DPP são as seguintes: Controlar hemorragia e reverter choque (Controlar sinais vitais e batimento cardíacos fetal para detectar choque iminente e vitalidade fetal, avaliar perda sanguínea e comparar com sinais vitais, cateterizar veia e administrar líquidos parenterais ou sangue para repor perda sanguínea e evitar choque, requisitar hemograma e dosagem de fibrinogênio plasmático com freqüência e aliviar dor), descompressão uterina e indução do parto (realizar o parto o mais precocemente possível, rotura ampla das membranas, pode ser indicado de anti espasmódicos e oxitócitos, estabelecer oxigenoterapia, parto vaginal é tratamento de escolha com colo dilatado, sangramento moderado e choque mínimo, cesárea de emergência quando o colo não está dilatado e o feto vivo e se evoluiu mal o trabalho de parto), Controlar altura uterina, supervisionar para evitar complicações pós parto (controlar sinais vitais e tônus muscular uterino, identificar sinais de infecção e controlar débito urinário). (CARVALHO, 2002)*
  • A terceira indicação é: Placenta prévia parcial ou total
A placenta prévia é uma complicação que surge quando a placenta está localizada na parte inferior do útero cobrindo-o total ou parcialmente. Descrevem-se três tipos de placenta prévia, de acordo com a localização placentária, em relação ao orifício interno do colo:
Total: quando recobre toda a área do orifício interno;
Parcial: quando o faz parcialmente;
Marginal: quando a margem placentária atinge a borda do orifício interno, sem ultrapassá-lo.
A placenta prévia incide em 0,5 a 1,0% das gestações, sendo que ocorre com maior freqüência nas multíparas e em gestante com idade mais avançada. Outros fatores predisponentes são: história de abortamento, cesarianas, gravidez gemelar e malformações fetais.
O diagnóstico é clínico e ultra-sonográfico. Clinicamente, é relatada perda sanguínea por via vaginal, indolor, súbita, de cor vermelho-viva, em geral de pequena quantidade. É episódica, recorrente e progressiva. O exame obstétrico revela volume e tono uterinos normais. Habitualmente, os batimentos cardíacos fetais estão mantidos. A ultra-sonografia confirma o diagnóstico e a localização placentária. Quando o exame ultra-sonográfico não é possível, o toque não deve ser realizado (precavendo-se contra eventual perda sanguínea placentária) e, de preferência, em ambiente com recursos cirúrgicos.
A conduta depende dos seguintes parâmetros: tipo de localização placentária, volume de sangramento, idade gestacional e condições de vitalidade fetal. A via de parto dependerá, além das condições maternas, do tipo de placenta prévia. Nas marginais, a via preferencial é a vaginal. Para as totais a indicação de cesariana, com feto vivo ou morto. Para as parciais, há indicação de cesareana.
  •  A quarta indicação é: Apresentação córmica (situação transversa), durante o trabalho de parto (antes pode ser tentada a versão) 
É quando o a apresentação do eixo longitudinal do feto está perpendicular ao eixo longitudinal do útero. Posição anormal do feto (bebê atravessado). Os ombros entram primeiro no canal de parto, antes da cabeça.
Dada a impossibilidade de nascimento espontâneo, constitui indicação absoluta de cesariana intraparto. Se o diagnóstico for feito ainda no pré-natal, a causa pode ser investigada, caso não seja encontrada uma causa determinante, o parto vaginal pode ser tentado mediante uma versão externa na 37ª semana. Diante do insucesso da versão, a cesareana será indicada, uma vez iniciado o trabalho de parto. Não é recomendado a cesárea eletiva, por aumento da morbidade perinatal.
  • A quinta indicação é: Ruptura de vasa praevia 
Ocorre em 1 parto para cada 2000-3000 partos. É uma complicação obstétrica na qual há vasos fetais cruzando ou atravessando em proximidade com o orifício interno do cérvice uterino. Estes vasos possuem riscos de ruptura quando suas membranas de suporte rompem.
Geralmente o diagnóstico é feito no momento do parto. Um padrão cardíaco fetal sinusóide, bradicardia fetal ou desacelerações da frequência cardíaca fetal durante o parto podem ser indicativos de uma vasa praevia rompida.
Ocasionalmente pode ser diagnosticada antes do parto através de palpação ou exame ultrassonográfico transvaginal.
O tratamento é a realização de uma cesareana de urgência. O diagnóstico pré-natal de vasa praevia tem sido associado a uma diminuição da taxa de mortalidade perinatal, melhor desempenho neonatal e a menor necessidade de suporte transfusional do recém-nascido.
  • E a sexta indicação é: Herpes genital com lesão ativa no momento em que se inicia o trabalho de parto
A maior parte das mulheres com herpes genital dá à luz bebês saudáveis. Mas, caso exista manifestação de herpes genital no momento do parto, há um risco do bebê pegar a infecção durante o trabalho de parto e o parto em si. Se isso acontecer, as consequências em alguns casos podem ser muito graves, inclusive fatais. Por isso a indicação de cesariana.
Por esse motivo, é muito importante informar ao médico se a mulher ou seu parceiro já tiveram alguma manifestação de herpes genital ou se existe algum sintoma. Os sintomas variam muito de pessoa para pessoa, mas costumam ser mais graves seguindo-se ao contágio, pois o corpo ainda não tem anticorpos para combater o vírus. Nessas ocasiões, além de coceira, ardor e lesões na área genital, sintomas de gripe podem aparecer, como febre, dor de cabeça e dores musculares. Algumas grávidas chegam a precisar de tratamento intravenoso e desaparecendo a manifestação não necessitará de cesárea.
Ivnakelly Pinna, turismóloga por formação, que resolveu abandonar tudo depois do nascimento do rebento, hoje com quatro anos. Atualmente atuando como doula em Fortaleza e levantando várias bandeiras como amamentação em livre demanda e prolongada, criação com apego e criança livre de consumo.
Obs: Foram consultados vários artigos FEMINA e o blog Estuda, Melania, Estuda. 
*CARVALHO, G. M. Enfermagem em obstetrícia. São Paulo: E.P.U – Editora Pedagógica e Universitária Ltda, 2002. 225p."

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Coisas que você deve saber sobre canhotos ~ por Camila Gomez


Viver em um mundo completamente adaptado para pessoas destras não é tarefa fácil se você é canhoto. 
Entre cinco e seis anos de idade, as crianças começam a manifestar se serão destras ou canhotas, isso porque elas começam a frequentar a escola e, assim, começam a usar o lápis frequentemente. Mas o que fazer se nosso filho é canhoto? Como podemos ajudá-lo? Existem produtos que facilitem seu processo de aprendizagem? A seguir falo sobre minha experiência como canhota em um mundo feito para destros.
  • Tenha em mente que entre 5% e 10% das pessoas são canhotas. Você nasce canhoto, não é uma habilidade que possa ser desenvolvida com o tempo, é por isso que você deve saber que se um dos pais é canhoto, provavelmente seu filho ou filha tem maior probabilidade de ser também.
  • Não tente nunca mudar a lateralidade da criança. Antigamente pensavam que ser canhoto era ruim, eles amarravam a mão de quem era canhoto ou batiam nela cada vez que tentavam fazer algo com ela. Hoje sabemos que não é nada do outro mundo ser canhoto e que é uma condição totalmente normal, se tiver alguma dúvida sobre como lidar com isso recorra a algum site especializado no tema para procurar por orientação.
  • Considere que é normal ter problemas nas primeiras aprendizagens escolares. Por isso é importante avisar na escola que a criança frequenta que o uso da mão esquerda é predominante nela, para que os professores levem em conta algumas técnicas de apoio pedagógico.
  • Na mesa, sempre sente o canhoto deixando seu braço esquerdo livre. Desta maneira não irá bater no braço de uma pessoa que esteja ao seu lado comendo ou escrevendo. Isto evita que ele se distraia e o colega de mesa o incomodará menos.
  • Compre lápis de formato triangular ou de 6 lados. Os canhotos têm um melhor controle com esses lápis e são mais confortáveis.
  • Procure canetas de secagem rápida. Isso seria bom, pois ao escrever ele cobre as letras e vai passando a mão sobre elas, manchando as folhas e a ele mesmo.
  • Procure por itens e lojas especializadas. Recortar pode ser um verdadeiro desafio nas primeiras tentativas, é por isso que o mercado tem lançado diversos produtos para tornar o aprendizado mais fácil, entre eles você pode encontrar tesouras, lápis, cadernos, relógios, facas, copos, etc.
  • Não faça com que a criança se sinta diferente das outras. Ser canhoto não é uma doença, então não precisa de cura, nem faz as pessoas diferentes. Ofereça-lhe os instrumentos adequados para o seu desenvolvimento, mas NUNCA a trate diferente dos seus outros filhos.
  • Corrija com amor os problemas de caligrafia. Escrever torna-se um desafio quando você é criança e não entende muito bem como segurar um lápis que não se encaixa bem em sua mão. É por isso que se seu filho já conseguiu escrever as primeiras palavras é hora de corrigir sua caligrafia com amor e não com críticas, uma vez que só irá gerar frustração e fazer com que a criança não tenha vontade de continuar aprendendo.
Viver em um mundo onde nada é feito para quem é canhoto é complicado: vivo isso diariamente. Durante minhas aulas geralmente não há mesas para mim e eu tenho que me sentar em uma posição desconfortável. Aprender a cozinhar foi um desafio e ainda o é, usar a faca "ao contrário" é uma provação! E embora eu tivesse que aprender, por uma força maior, a cortar com a mão direita, pois na minha época não existiam tesouras para canhotos, ainda existem coisas as quais sou completamente incapaz de fazer com a mão direita. E entender que o meu mundo seria "ao contrário" quando tinha seis anos não foi algo fácil para mim, nem para minha família. Mas devo reconhecer que a paciência infinita de minha mãe fez com que eu pudesse aprender rapidamente coisas que para os outros era um desafio. Cada vez que as coisas ficavam "complicadas", ela as fazia em espelho: ela se sentava na minha frente e eu, olhando para ela, conseguia entender melhor o que ela queria me ensinar.

Não duvide das capacidades de seu filho, ele é um ser maravilhoso que veio para lhe conquistar com o outro lado do cérebro, mas do lado do coração.

Fonte: Família.com.br

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Como o bebê deve dormir? No Programa "Bem Estar" (07-06-2012)

Assista AQUI a reportagem.



Imagens retiradas da internet


Na maternidade as enfermeiras falaram para sempre deixar dormindo de lado, mas com os dias em casa não conseguia deixar ele de lado, ele se virava e ficava de barriga para cima, eu tentei por várias vezes, mas não deu certo. Foi muito bom saber dessa reportagem, e saber que posso sim deixá-lo dormir do jeitinho que o corpinho dele achar melhor.

Nádia Dorneles